domingo, 20 de junho de 2010

4° Capitulo

Um dia antes.

Enfim, o dia tão esperado estava prestes a chegar. Amanha era o dia de arrumar as malas e ir. Amanda havia me ligado, chamando para ir dormir lá, ela é Jessy precisavam de uma carona até a praia de Bakersfield. Subi as escadas e fui até meu quarto pegar o telefone, precisava ligar para a Amanda.


- Oi linda, bom dia. – Eu quase não agüentei terminar a frase.

- Oi Aly! Como você esta?

- Estou bem. – Não dei continuidade

- Posso ir ai que horas?

- A hora que você achar melhor.

- Ok, um beijo linda.

- Beijo.

A conversa foi rápida, eu não quis que tivesse continuidade, eu estava ansiosa demais e quanto mais rápido eu saísse de casa seria melhor. Me vesti e desci até a sala com a minha mala. Minha mãe estava sentada no sofá como sempre, só que desta vez, eu pai estava junto com ela. Era sexta e toda sexta depois do almoço tinha o jornal, eles nunca perdiam. Eu nunca entendi esse negocio de jornal, todo mundo sabe de tudo, de todos os lugares, a cada instante, parece que é tudo planejado. Mas nada podia me fazer pensar em outra coisa. Olhei para os dois esticados no sofá, e respirei fundo para não perder o fôlego.

- Mãe, Pai, estou indo na Amanda, vamos direto de lá amanha.

Os dois se viram lentamente ainda prestando atenção na TV. Minha mãe se levantou, e caminhou até a minha direção.

- Já Aly? Você já sabe de tudo né? Se cuida minha filha. – Ela me abraçou e terminou o aviso com um beijo.

Fui até meu pai e ele me deu um beijo na testa, sai pela porta e minha mãe me abraçou de novo. Não era o fim, mais eu sabia que ela iria sentir saudade tanto quanto eu. Coloquei a mala no banco de traz e me sentei no carro. Acenei para minha mãe e fui ruma a casa de Amanda. Quando cheguei, Jessy estava na porta, nós duas havíamos chegado juntas. Deixei o carro na garagem e peguei a mala. Cumprimentei Jessy e nos duas ficamos esperando Amanda atender a porta. Amanda abriu a porta, nos a cumprimentamos e entramos. Fomos até o quarto dela e deixamos as coisas lá. Nos três nos olhamos rapidamente e pude imaginar que nos três queríamos gritar. Eu não era a única ansiosa com a viagem. Amanda pegou um filme e colocou pra gente ver. Era um filme de vampiros. Eu nunca acreditei em vampiros, o pessoal lá do colégio sempre inventam historias ridículos que de já viram vampiros e coisas assim. Tem uma mulher que trabalha na escola, ela tem uma mordida enorme no braço, e todo mundo acha que foi vampiro, mas eu sei que não foi.

- Vocês acreditam em vampiros? – Jessy nos olhou.

- Eu não. – Respondi de imediato.

- Eu sim, e muito, meu avô sempre me contou várias historias sobre vampiros lá no sitio, eu sempre morri de medo. – Amanda arregalou os olhos.

- Como você sabe que é verdade? – Eu a encarei.

- Porque toda lenda tem alguma prova. Eu já vi vários animais mortos pelo pescoço na fazenda.

- Isso não prova nada. – Eu abaixei a cabeça.

- Qual é Aly? Olha o braço da faxineira da escola.

- Sei lá. Só acredito vendo. – Eu a olhei.

Nós três rimos. Nos sabíamos que nunca iríamos ver um vampiro, mesmo Amanda acreditando na existência deles, ela também duvidava em vê-los.

Depois de uma tarde inteira jogada fora, nós comemos uma pizza enorme e dormimos. Antes de dormir, eu olhei para os lados, para ter certeza de que não havia nenhum vampiro ali. Aquela nossa conversa de hoje, mexeu comigo.

terça-feira, 15 de junho de 2010

3° capitulo

Boa noticia.




No outro dia, o sol já tinha aparecido. Levantei-me rápido, me arrumei e desci pra tomar meu café. Hoje na escola eu ia dar a noticia pras meninas que de certamente eu iria para a viagem.Eu não tinha motivos nem razões para estar feliz, mas estava.

Mal tomei o café da manha, eu queria acelerar ao máximo. Depois de quase passar em todos os semáforos fechados, cheguei na escola com um sorriso enorme no rosto, eu queria correr pelos corredores da escola, mas obviamente eu não faria isso. As meninas estavam na frente do armário como sempre, eu sorri e guardei alguns livros no armário também.

- Olá meninas! Tenho uma boa noticia hoje. - Eu parei pra respirar.

Elas pararam de conversar, e vi que elas não tinha me visto chegar. Jessy estava com o cabelo curto, mas não iria tocar no assunto agora.

- Aly! O que aconteceu? – Jessy me olhou com cara de espanto.

- Nada demais, apenas que vou ter dinheiro para pagar a viagem agora do inicio do ano.

- Pagar? Pra que pagar? – Amanda questionou.

- Preciso comprar roupas novas, biquíni. – Eu menti.

Eu achava mesmo que eu precisava pagar alguma coisa, como ônibus ou sei lá, acho que eu não tava entendendo mais nada.

- Aly querida vou te explicar. É um acampamento na praia, todos ficam juntos e aproveitam, não é nada demais, não tem nada a ver com a escola.

- Mas você havia dito que era escolar. – estranhei.

- Disse? Desculpe-me, errei.

Eu sorri pra ela e fomos para a aula.

Depois da aula eu sabia que teria de trabalhar para poder comprar roupas novas, sempre na escola eu usava blusa, calça jeans e tênis, enquanto as meninas da minha sala eram mais do que chiques, eram exageradas demais para ir a uma escola. Mas aquilo não vinha ao caso, eu ia para uma viagem e era aquilo que importava pra mim naquele momento.

Quando cheguei em casa, me arrumei e fui na floricultura da Dona Friden, eu saberia que ela estava me esperando. Nem almocei e corri pra lá. Dona Friden era uma velha senhora que havia feito amizade com a minha mãe quando soube que íamos mudar para Bakersfield.

Depois de tanto trabalho, recebi o meu cachê. Eu não iria receber por mês e sim por dia, por que se tudo desse certo, eu trabalharia duas ou três semanas no máximo.

Quando eu voltei pra casa, vim pensando no caminho como as coisas se encaixaram rapidamente. De um dia para o outro, eu já havia feito amigas e até planejado uma viagem. Entrei em casa e minha mãe estava na sala fazendo tricô. Ela havia prometido sair comigo hoje para fazer compras, mas algo me disse lá no fundo que ela não iria.

- Oi mãe, voltei. - Eu disse como se ela não estivesse percebido.

- Oi Aly, que bom. Como foi o primeiro dia?

- Normal. – Eu sorri, e fui pro quarto.

Hoje de manha havia pegado o telefone de Amanda e Jessy, resolvi ligar para as duas, e convidá-las para ir ao shopping.

Amanda disse que seria um prazer ir comigo, e jessy disse que também precisava comprar roupas. Tomei um banho quente, me arrumei e desci na cozinha, minha mãe ainda estava no sofá.

- Mãe vou sair, as meninas vão ao shopping comigo.

- Ok Aly. Está com o cartão? – Ela se virou pra me olhar.

- Sim. – Eu sorri como sempre.

Acho que eu sou uma das poucas meninas que tem um cartão de crédito. Eu havia ganhado do meu pai, e como agora estou trabalhando meu dinheiro era depositado na minha conta.

Marquei de pegar as meninas no ponto de ônibus. Quando cheguei as duas estavam me esperando. Fomos ao shopping e compramos desde biquínis até blusas de frio. A vendedora da loja em que compramos os biquínis não acreditava que nos três tínhamos apenas dezesseis anos. Nos éramos mulheres demais pra ter dezesseis anos, não tínhamos mais corpo de pré-adolescente. Voltamos pra casa e minha mãe fez um bolo maravilhoso pra gente, depois ela perguntou como era acampar na praia.

- Vocês não acham essa viagem muito perigosa meninas?

Jessy respondeu calmamente.

- Olha perigosa até pode ser, mas vamos nos cuidar, e outra, vamos ficar todos juntos. – Ela sorriu.

- Ah, vocês tem que cuidar uma da outra em? – Minha mãe fez uma cara de preocupada.

Nos três a olhamos e Amanda fez um sinal de que tudo vai ficar bem. Subimos para o meu quarto e as meninas me ajudaram a arrumar a mala. Eu queria deixar tudo pronto, pra não esquecer absolutamente nada.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

2° Capitulo

Nova escola.






Procurei um lugar para estacionar meu carro. Tinha muitas pessoas no estacionamento, desde lideres de torcida, até nerds do laboratório de ciências.Estacionei meu carro em uma das ultimas vagas do estacionamento.Sai do carro peguei minha mochila e fui em direção a porta do colégio.É tão difícil uma menina sozinha entrar em uma colégio que não conhece ninguém.As pessoas sempre encaram. E ainda, mas que eu vou entrar no segundo colegial e não no terceiro.

Andei de cabeça baixa até a porta do colégio, algumas pessoas me olharam mas nem deram muita bola.E aquilo foi um alivio.Entrei no colégio, e fui em direção ao meu armário 306.Do lado do meu armário, tinha duas meninas conversando sobre um assunto de viagem do ano.De uma certa forma aquilo me deixo totalmente entusiasmada. Eu não sabia o ano delas, mas algo dentro de mim me fez criar coragem e pergunta.

- Oi eu sou nova no colégio, você são de que ano?

A menina mais baixinha, de olhos escuros da cor da noite, disse com uma voz baixinha igual ela.

- Oi, você deve ser a Alysse. Ficamos sabendo sobre a aluna nova.

Eu fiquei imaginando por um tempo, como ela sabia que eu era a Alysse, não outra menina.

- Sim sou eu mesma, mas pode me chamar de Aly.

Ela sorriu de um jeito engraçado, e rapidamente eu retribui. A menina baixinha me pegou pelo braço e foi me guiando até a nossa sala. A menina mais alta, estava do outro lado e ela parecia sorrir para todo mundo.Nossa sala de aula era pequena demais, mas as carteiras eram juntas, e na lousa estava escrito “Bem vindo de volta alunos”. Deixei meu pequeno currículo para o professor e fui me sentar. Bem La no fundo tinha uma mesa vazia, e foi La mesmo que eu imaginei sentar o ano todo. Não olhei pra ninguém, e só prestei atenção na aula. Eu contava os minutos para o sinal tocar.

O sinal tocou e todos saíram da sala na maior tranqüilidade do mundo. Peguei as minhas coisas, e vi que a pequena menina me esperava na porta junto com a sua outra amiga. Ela sorriu pra mim, e depois foi me falando uma porção de coisas, que eu nem sabia do que se tratava.

- Aly, agora no inicio do ano, todo mundo faz um passeio lá pra praia no final de bakersfield mesmo. É tipo um acampamento, e eu e a Jessy vamos ficar na mesma cabana, quer ficar com a gente?

Sim, ela estava me convidando para ficar com elas na cabana, eu nem sabia se poderia ir nesse passeio, mas eu queria muito ir, eu sorri pra ela e fiz um sinal de sim com a cabeça. Ao mesmo tempo vi que a sua amiga grande de cabelos curtinhos e ondulados se chamava, Jessy. Agora só precisava saber o nome da pequena menina que havia em convidado para o passeio escolar.

- Eu sou Aly, ela é Jessy, mas e você? – Eu sorri meio envergonhada.

- Ah, desculpe-me Aly, eu sou Amanda. – Ela sorriu.

Então agora, a pequena menina não era mais tão pequena assim, ela era Amanda. Fomos almoçar juntas, e eu as dei carona até o ponto de ônibus, elas morava um pouco pra lá da escola, mas não era no fim de bakersfield igual a mim, era bem pra lá.

Voltei pra casa, e minha mãe estava me esperando como sempre, deixei minhas coisas no sofá e depois subi ate meu quarto. Minha mãe veio atrás.

- Aly, querida, como foi à escola?

- Oi mãe, nem vi que você estava ai. A escola foi normal, já fiz duas amigas, Amanda e Jessy.

- Jura? Que bom Aly. – Ela sorriu.

Nossa conversa foi curta, mas minha mãe ainda estava no meu quarto, ela estava com uma coisa na mão que eu não conseguia distinguir. Ela veio em minha direção, e me deu aquela pequena coisa em sua mão. Era um envelope, e dentro dele tinha uma proposta de trabalho. Aquilo foi perfeito, era tudo o que eu precisava para poder pagar a minha viagem. Eu só me perguntava como ela sabia que eu precisava daquilo. Bem que dizem, mãe sabe de tudo.

- Uau, como você sabia que eu precisava de um emprego?

- Eu não sabia, mas achei que você iria gostar. A floricultura da dona Friden é enorme, e ela me pediu se você poderia ajudá-la.

- Puxa mãe, obrigada. Eu queria muito algo pra trabalhar, agora no inicio do ano, o pessoal da escola vai fazer um passeio para a praia aqui em bakersfield, e eu precisava de algo pra pagar.

- Jura? Que divertido, agora você tem como pagar.

Aquela noticia era melhor do que o passeio, porque no final das contar eu saberia que ia. Eu poderia ligar pra Amanda agora mesmo , mas eu ainda não tinha seu numero de telefone.

1 capitulo

Segunda feira.


Eu podia ouvir o rádio da minha mãe pela manha. Todas as segundas minha mãe escuta o jornal do dia. Incrível como as pessoas já tem informações logo de manhã.Eu já sabia, era hora de ir para a escola.Eu sei que era hora de ir pra escola, porque o jornal que a minha mãe escuta toca todas as segundas as seis da manha, e então, eu sabia que era hora de acordar.
Sem que eu precisa-se me manifestar, minha mãe com toda a calma do mundo abriu a porta se sentiu ao meu lado na cama, passou a mão sobre o meu rosto e disse suavemente com aquela voz de cansaço
- Aly, querida, hora da escola.
Eu abri os olhos como se eu estivesse acabado de acordar, me ajeitei de uma forma em que eu pudesse visualizar o seu rosto cansado pelo dia passado.
- Oi mãe, bom dia..
Ela sorriu suavemente e depois abriu a janela, para que eu tivesse mais um motivo para levantar.
Era meu primeiro dia e tudo o que eu menos queria era impressionar alguém.Minha mãe sempre me disse, que eu não precisava fazer nada pra ficar bonita.Mas eu não concordava.
Me levantei e olhei pra janela, o quintal dava pra uma pequena floresta, quer dizer pequena porque eu nunca conheci ela por inteira.Morávamos no “interior” de bakersfield.Nossa casa era tão pequena que quase não abriga todos que moram nela. Cobri os olhos depois de um tempo olhando pela janela.O clima era de um tempo tão cansado do mundo, tão escuro que dava pra deduzir que iria chover.Deixei a preguiça de lado e fui me arrumar, não estava não frio naquela manhã, mas um belo casaco ia ajudar quando a chuva chegasse.
Sempre quando chovia em Bakersfield, a cidade ficava gelada do minuto pra segundo.Rápido demais.
Arrumei a minha cama e depois peguei minha mochila que já estava arrumada desde ontem á noite.Desci as escadas e o som do rádio tocava mais alto, sabia que minha mãe ainda me esperava na cozinha.
Deixei a mochila do lado da minha cadeira e me sentei pra comer meu café da manha.Minha mãe havia feito meu favorito, waffles.Incrível como eu poderia viver comendo apenas waffles.Comi meu café da manhã rápido demais, acho que estava tão nervosa com a nova escola, que descontei no café da manha. Minha mãe olhou pra mim e fez uma cara de felicidade.
- Esta preparada? – ela sorriu.
- Estou. – Eu menti.
Ela desviou o olhar pra mim e olhou para o relógio.Era hora de ir.
Peguei a minha mochila e fui em direção a porta.Minha mãe acenou pra mim, e eu retribui.
Estava frio lá fora, as árvores cantavam, e o carro estava lá fora me esperando.Entrei nele quase correndo para me proteger do frio.Meu carro, foi um presente que ganhei do meu pai quando completei 16 anos.Era um carro esportivo modelo 2002.Era bem antigo, mas o adorava, só pelo simples fato de ser meu.
Fui seguindo o pequeno mapa que meu pai me fez, e quando avistei a escola, já pude sentir meu coração parar de bater.

Introdução

Introdução.


Era uma manhã vazia e triste. O sol estava brilhando como sempre, mas não parecia feliz. Ele se escondia freqüentemente atrás das nuvens e aquilo me perturbava. A chuva chegaria. Não que eu não goste da chuva, mas ela realmente me atrapalhava muito. Eu morava em uma grande cidade na Califórnia, Bakersfield.Em casa morava apenas eu, minha mãe e meu pai.Eu nunca gostei de ser filha única, mas sempre agradeci por ter vários primos.Apesar de eu ser a única da família que mora em outra cidade, sempre que dava, meus pais me levavam para o Canadá.Minha família inteira era de lá.A um ano atráz, meu pai recebeu uma proposta de trabalho, e tecnicamente fomos obrigados a mudar de cidade.Não foi nada fácil, mas confesso que bakersfield não era tão ruim assim.Fazia apenas 2 meses que eu estava lá, e pelo que eu vi, as pessoas são totalmente ricas, que usam modelos de revistas, roupas de marca, carros importados e coisas assim.Só espero não me misturar.Eu sempre fui o tipo de garota quieta, tímida, que sempre fez de tudo pra ficar fora do caminho dos outros.Mas muitas vezes, eu entrava em umas coisas que várias vezes era difícil sair.Uma vez no meu aniversario de 15 anos, eu fui pra escola, e meus amigos quiseram cantar parabéns pra mim no intervalo, eu quis morrer.As lideres de torcida, e o resto da escola me olhavam com uma cara de, quem é essa garota? Então como ia dizendo, minha vida sempre foi atrás dos outros.Quando viemos pra cá, eu e minha mãe resolvemos sair pra comprar roupas, e as pessoas que nos viam nos olhavam com uma cara estranha.Nós duas éramos estranhamente parecidas, só que eu era mais alta, com cabelos morenos mais longos, e os olhos azuis mais claros que os dela.Mas mesmo assim, ela era uma mulher maravilhosa.Nós duas saiamos das lojas rindo.Era impressionante como as pessoas nós olhavam.
Bakersfield era ruim apenas por uma coisa.Ela não aceitava uma menina que morava em uma pequena casa, ao lado de uma floresta, com dezesseis anos, e que era totalmente contra qualquer coisa que estivesse incluído seu nome.Alysse Stevens.